segunda-feira, fevereiro 05, 2007

CANTARAM ATÉ OS LUARES DE JUNHO






cantaram até os luares de Junho
na alvorada de teu corpo amado

teus seios se abriram a meus lábios
em sua doce maternidade menininha

colhi então de teus cabelos
os nenúfares sem fim do hálito das pérolas

com eles em meu peito cheguei nas taprobanas
de minha mente escondida

de lá se soltaram algas, cabelos de novo
agora nossos

elas correram por nós dois adentro
e tu não foste mais minha que eu teu

fomos tão só e tanto o infinito
ali parado por um breve pouco

ai que Deus é também isto
só pode

aqui vida e morte são uma só terceira coisa
nós dois em sinfonia e basta




jaime vehuel
05fev07,lx